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Mira Estrela é um município do extremo norte de São Paulo, na fronteira com Minas Gerais, e que será a atração desta nossa edição do City Tour. Vamos conhece-la?
COMO CHEGAR
Para o aventureiro que partir da capital paulista o trajeto é relativamente simples, começando pela Rod. dos Bandeirantes, até a cidade de Cordeirópolis, seguindo então pela Rod. Washington Luiz, até Mirassol, e pela Rod. Euclides da Cunha, até Fernandópolis. Daí em diante serão menos de 38km pela SP-527. O roteiro todo tem 600km.
Para quem partir de Goiânia rodará pouco menos de 550km, a princípio pela famosa BR-153, até a cidade de Prata, e dali pela BR-497, até Iturama, na divisa entre Minas com São Paulo. Segue-se, então, pela MG-426 e SP-453, até Ouroeste, e daí em direção de Indiaporã, que fica a meio caminho de Mira Estrela.
Para viajantes de outras localidades é bom consultar os mapas rodoviários, levando como referência as cidades citadas.
HISTÓRIA
A origem da cidade de Mira Estrela remonta ao ano de 1915, quando a localidade era ainda mata densa, habitada apenas por raros silvícolas e animais silvestres, sem contar na figura emblemática de Manuel Abóbora, único morador radicado por lá naquele tempo.
O início de seu desenvolvimento se deu por volta do ano de 1924, com investimentos diversos para o plantio de café pelo fazendeiro Cândido Brasil Estrela, empreendimento esse que durou apenas cinco anos por causa da crise mundial de 1929, que desvalorizou por completo o preço da saca de café.
Oficialmente a cidade foi fundada em 21/02/1941, parte em terras de Cândido Brasil e parte em terras que vendeu para terceiros, dado a bancarrota cafeeira.
Para incentivar a permanência das pessoas na região, além da doação de terras para residências fixas, instituiu-se em outubro de 1952 a Fundação Cândido Brasil Estrela, visando dar um impulso no crescimento de Mira Estrela.
Apesar do município não contar com território extenso, a barragem da Usina Água Vermelha, no Rio Grande, inundou boa parte de suas terras, traduzindo prejuízos de monta para a municipalidade e para os habitantes que perderam suas propriedades.
Mas como tem males que vem para bem, foi também a partir dessa época que a incrementação agrícola se fez sentir em Mira Estrela, gerando mais empregos e aumento da produção agrícola.
A CIDADE
Pouco mais de 3mil mira-estrelenses vivem na cidade, divididos entre as áreas rural e urbana de um bonito território, cujo mapa lembra uma pequena tulipa nas margens da Barragem de Água Vermelha.
Apesar das duas ou três dezenas de ruas existentes por lá, Mira Estrela apresenta um aspecto agradável ao visitante e ao morador, não só com a boa simetria de seus logradouros, mas com a organização que se percebe em todos os detalhes.
Por falar em logradouros, o maior espaço urbano de lá é a Praça central, que leva o nome de seu fundador e tem referências arquitetônicas em formato de estrela.
UM TOUR PELA CIDADE
Como extensão dessa praça e em tamanho idêntico, vamos encontrar a área destinada à Igreja Matriz do Bom Jesus, de formato exótico e rodeada de bonito jardim.
Todas as ruas são devidamente pavimentadas e limpas, mas a área comercial é praticamente inexistente, fazendo com que os munícipes tenham que se servirem de cidades maiores para suprirem suas necessidades extras.
TURISMO
Trilha dos Macacos
Para os amantes da natureza Mira Estrela tem muito a oferecer, a começar pela Trilha Ecológica dos Macacos que, como o nome sugere, proporciona ao visitante a possibilidade de avistamento de algumas espécies de primatas, além de outros animais que vivem em seu ambiente natural.
Embora não seja um Parque devidamente instituído, a trilha mantém uma casa de apoio com a finalidade de receber visitantes e prestar-lhes informações para o melhor aproveitamento do eio.
Para que o aventureiro possa usufruir da trilha é necessário que contate a istração da “prainha”, para a devida autorização.
Prainha
É o ponto alto do lazer de Mira Estrela. O empreendimento fica a 11 km do centro da cidade e se chega à ele por um o totalmente asfaltado, que estende-se por paisagens com muito verde.
Hoje a prainha não pode mais se gabar de ser exclusivamente uma ilha, já que o assoreamento na região da pontinha praticamente a uniu com a terra firme, formando uma pequena península.
Não se paga nada para usufruir do espaço, se o visitante vier a pé. Porém, há taxas para estacionamento para os veículos, conforme suas características (carros, motos, ônibus, reboques, etc.), e da utilização de seus quiosques e chalés.
São 18 os chalés destinados a locação, alguns com 3 cômodos (02 quartos e 01 banheiro) e outras com 4 cômodos (02 quartos, 01 banheiro e 01 cozinha). Em cada casa encontra-se pia de cozinha e churrasqueira.
Na “prainha” o visitante pode simplesmente descansar ou curtir as águas da represa em total segurança, já que há equipe especializada para dar garantias aos banhistas.
Outra opção é levar seu barco ou jet-ski para a prainha, que mantém espaço próprio para sua utilização segura.
Para quem deseja apenas um lugar mais aconchegante, a locação do quiosque, com ou sem pia e churrasqueira, pode ser a medida certa.
Em todos os casos há necessidade de reserva prévia, que pode ser feita pelo fone (17) 3846-1123.
MATRIZ DO BOM JESUS
Consagrada ao Senhor Bom Jesus, a igreja matriz da cidade é considerada pela Diocese de Jales, à qual está subordinada, como uma “quase paróquia”.
Sua arquitetura é bastante inovadora e exótica, com uma fachada em forma de ferradura e uma longa torre lateral em prédio contíguo, que serve de campanário e de e ao Relógio.
Seu interior, com tonalidades em verde, como na parte externa, está revestido com vários painéis em azulejo com agens bíblicas.
NOSSA VIAGEM
amos pela cidade num dos nossos roteiros ao estado das Minas Gerais, desta vez cruzando a fronteira na altura da Barragem de Água Vermelha, por balsa.
Embora a ideia era seguir viagem de volta em direção de Fernandópolis, não deixamos ar a oportunidade para conhecermos essa pequena joia no norte do Estado.
Chegamos à ela já em tarde alta e de plano fomos conhecer sua praça principal, não precisando de qualquer esforço para localiza-la.
Com a tarde absurdamente quente, coisa normal por lá, tratamos em primeiro lugar de tomarmos uma água de coco gelada em frente da Igreja Matriz, aproveitando para puxar prosa com várias pessoas por lá.
Conversa vai, conversa vem, ficamos sabendo da Trilha dos Macacos e da Prainha. Embora não tivéssemos tempo para seguirmos pela trilha, não deixamos de visitar a prainha de Mira Estrela.
O sol já apresentava seus raios em forma oblíqua, mas seguimos mesmo assim a distância que separava a prainha do centro da cidade.
Por pouco não aproveitamos a estadia por lá mesmo, já que vimos os belos chalés e nos encantamos com eles. Entretanto, tínhamos outros compromissos para aquele mesmo dia e não poderíamos ficar.
Cuidamos de conhecer a “linha d´água”, junto da Barragem; os quiosques e os chalés, que podem ser alugados para eventos; e a infraestrutura geral do empreendimento.
Aproveitamos até para uma descansada rápida sob árvore frondosa, contemplando parte da represa que se estendia em nossa frente, mas o imperativo das obrigações nos fez deixar de lado os devaneios e seguirmos nosso roteiro anteriormente traçado.
O sol quase desaparecia do firmamento, dando espaço para a prateada lua o substituir, quando finalmente deixamos a prainha rumando de volta à cidade e, dali, para nosso destino daquele dia.
Não é demais relatar que ainda nutrimos a esperança de pernoitarmos, pelo menos por uma vez, num daqueles chalés, quiçá em próxima oportunidade de estarmos na região.
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CRÉDITOS
Texto e Edição: Marcos Duarte
Fotos e vídeos: Marcos Duarte
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